24 novembro, 2013

Paralelos

Paralelos

Eu já passei daquela fase, onde só literatura que tenha "sotaque" internacional é a boa...
Não excluo que haja bons textos é óbvio e não seria tolo a esse ponto... mas considerar que apenas por ser NACIONAL, não ter sotaque estrangeiro a coisa não é lá tão bacana... não me agrega. Ponto.
ADORO QUANDO A PSICOCOISA TÁ ALI... PRESENTE... explicando para nossa alma... coisas que só bons autores (nacionais ou internacionais) nos resolvem. Em "Paralelos", Leonardo Alkmim deliciosamente consegue isso.
"...Alexandre e Vítor, irmãos gêmeos costumam se dar bem e ficar sempre juntos. Até que, em um acampamento, os dois se desentendem e pela primeira vez se desgrudam. Na volta, sentados em lugares separados, a tragédia os atinge: um acidente automobilístico onde apenas Vítor sobrevive.
Eis que passamos a ver a história pelo ponto de vista dos dois, cada um em sua realidade. Vítor entre os vivos, analisando a perda e a ausência daqueles que amamos e Alexandre e sua readaptação entre os paralelos, aqueles que conhecemos como entidades, deuses ou anjos, dependendo da sua religião ou ponto de vista" diz Danilo Barbosa. 

"_ É incrível como a mente não consegue se livrar do mito da unidade; tudo tendo sua origem em um ponto primordial. É uma ideia absurda.
_ Mas tem que ter havido um ponto em que tudo começou.
_ Tem? Tem mesmo?
O outro ficou em silêncio, esperando.
O espaço naquele sótão era realmente pequeno, mas o corpo gordo da mãe parecia não conseguir ficar quieto muito tempo. Começou a arrumar os lençóis da cama do filho.
_ A mente quer acreditar nisso porque não entende a existência sem matéria. As pessoas, por serem feitas disso que é palpável em que estamos agora, não entendem por puro condicionamento. - Chacoalhou um lençol antes de dobrá-lo. - Mas é simples. A primeira partícula surgida foi o Boson de Higgs, que não tem massa. Esses bosons fizeram as estruturas sem massa ganharem massa. Portanto, a primeira estrutura com massa só surgiu depois do início, por isso, antes não havia nenhuma estrutura com massa pra constituir esse famoso ponto inicial."
Paralelos - Pág. 200


 

Passe numa livraria e pegue logo o seu. :)

10 novembro, 2013

A Noite Das Tríbades

A Noite Das Tríbades

A Noite Das Tríabades
De Per Olov Enquist
Direção Malú Bazán

Uma das peças mais bem avaliadas em 2012, entra em cartaz em São Paulo no Teatro Eva Herz, aos sábados e domingos, em curta temporada.
Escrita em 1975, uma das peças mais encenadas do teatro sueco contemporâneo, já traduzida para mais de 20 idiomas, se passa num teatro decadente de Copenhagem.
Numa tarde de março de 1889, quatro pessoas se reúnem no Teatro Dagmar de Copenhague para ensaiar a peça “A Mais Forte” escrita por August Strindberg para sua primeira esposa, Siri Von Essen. Essas quatro pessoas são: o próprio Strindberg, Siri Von Essen, Marie Caroline David (amiga e suposta amante de Siri) e o ator dinamarquês Viggo Schiwe. Siri e Strindberg estão se divorciando. Ele está na miséria, sem editor, marginalizado em seu país de origem (Suécia). Faz desesperados esforços para ver suas peças encenadas e logo tenta, com seus próprios meios, montar um Teatro Experimental Escandinavo em Copenhage.
Na peça “A  Mais Forte”, duas mulheres lutam pelo amor de um homem ausente. Strindberg anseia ocupar esse papel. Colocando sobre o cenário esses quatro personagens feridos, Per Olov Enquist funde sua visão com a do seu protagonista real: a convivência humana está condenada ao fracasso. Enquist nos apresenta um Strindberg solitário, presunçoso, amedrontado, amoroso, contraditório, profundamente humano, um gigante cheio de inseguranças.
A peça A Noite das Tríbades foi criada para a Mostra Strindberg realizada pelo SESC SP em setembro de 2012. Depois participou do Repertório de Verão do Grupo TAPA, no primeiro semestre de 2013 no Viga Espaço Cênico.
 
Elenco: 
Clara Carvalho, Norival Rizzo, Nicole Cordery e Daniel  Volpi

Texto: Per Olov Enquist
Tradução: Carlos Rabelo
Colaboração: Clara Carvalho
Direção: Malú Bazán

Figurinos: Rosane Muniz
Iluminação: Isadora Giuntini
Cenário: Flávio Tolezani
Artista Plástico convidado: Diego Dolph Johnson e Pedro Caldas
Cabelos e Maquiagem: Diego Durso
Coordenação de projeto: Eduardo Tolentino de Araujo
Produção Executiva: André Canto
Produção: Canto Produções em co-produção com o Grupo TAPA

Teatro Eva Herz
Livraria Cultura – Conjunto Nacional
Avenida Paulista, 2.073 – Bela Vista
Bilheteria: 3170-4059

Sábados às 18h | Domingos às 19h
 
 
Curta Temporada: até 15 de dezembro
 
 Vale conferir ;)