21 abril, 2012

Grávido

Grávido 
Um espetáculo criativo, texto inteligente direção caprichada e gostoso de assistir.
Com texto de Gustavo Kulart, Marcelo Laham e Fábio Herford (ótimos), e direção de Alexandra Golik...  a comédia GRÁVIDO traz para o espectador os dilemas e as angústias do homem diante da difícil – e ao mesmo tempo deliciosa – tarefa de ser pai. Os atores Marcelo Laham e Fábio Herford são dois pais que, entre dúvidas e incertezas, enfrentam dilemas como parto normal ou cesariana e dividir o afeto da mulher com o bebê recém-chegado. E em meio a situações muito engraçadas, os dois suam a camisa para entreter o pequeno ser que ainda engatinha, colocá-lo para dormir e até lidar com as intermináveis listas de compras de objetos e produtos de hygiene.
O ator Fábio Herford diz: “Sempre pensei em abordar o tema do nascimento do filho pela óptica paterna, porque eu mesmo já vivi muitas situações engraçadas. A igualdade do casal exigiu do homem um equilíbrio das funções, tornando sua participação no evento do nascimento mais efetiva. Tudo isso trouxe inúmeras reflexões e análises, observações que passam do drama à comédia em instantes”.
Para Marcelo Laham “hoje em dia o homem tem atuação mais efetiva na hora de cuidar de seu próprio filho. Na época de nossos avós, era comum encontrar um pai que não sabia trocar uma fralda. Hoje, isso é quase inadmissível”.
E Gustavo Kulart - também responsável pela trilha sonora - completa: “Descobrimos que os homens compartilham dos mesmos problemas, mas não falam sobre o assunto, são mais fechados. E as mulheres, podem agora, ver um outro ponto de vista”.

Elenco: Marcelo Laham e Fábio Herford
Direção: Alexandra Golik
Texto: Gustavo Kurlat, Marcelo Laham e Fábio Herford
Trilha sonora: Gustavo Kurlat
Luz: Wagner Freire
Cenário: Marco Lima
Realização: Mesa 2 Produções
Fotos: A divulgação - João Caldas
Teatro Cleyde Yáconis
Centro Empresarial do Aço - CEA
Av. do Café, 277 - P1 - Vila Guarani - São Paulo/SP
sextas às 21h30
sábados às 21 horas
domingos às 18 horas
Estação Conceição do Metrô (Linha Azul)
Vale conferir :)

14 abril, 2012

A Mecânica Das Borboletas

A Mecânica Das Borboletas
De Walter Daguerre
Direção Paulo de Moraes
Um espetáculo delicioso.
"Com texto inédito do dramaturgo Walter Daguerre e direção de Paulo Moraes, da Cia Armazém de Teatro, a montagem aborda o conflito vivido frente às escolhas da vida e suas consequentes perdas e ganhos. Uma peça, na qual a tradição e a experimentação estão unidas no intuito de fazer chegar ao expectador uma história que trate de questões pertinentes ao homem do nosso tempo".
O espetáculo conta a história de um casal e seus filhos gêmeos que moram numa cidade de interior, no sul do país. O pai mecânico morreu e a família manteve em funcionamento a oficina dentro da residência. A história se passa na cozinha, na oficina e no jardim. A mãe (Suzana Faíni) é uma dona de casa que cultiva a memória do falecido marido. Um dos gêmeos, Rômulo (Eriberto Leão), sai de casa quando jovem em busca do sonho de desvendar o mundo. São 20 anos sem notícias. Quando volta, já um escritor conhecido, descobre que o pai morreu e encontra o gêmeo Remo (Otto Júnior), que manteve o negócio do pai e prosseguiu no mesmo ofício, no mesmo lugar.
Lisa (Ana Kutner) foi namorada de Rômulo, mas acabou casando com o irmão. Uma família acertando suas contas: culpas, cobranças e perdas. O sonho de Remo: construir uma Harley Davidson, mas uma peça desta moto, a borboleta do carburador, nunca chega e, essa mecânica do veículo demora para estar em pleno funcionamento.
A ideia do texto surgiu após uma viagem de Walter Daguerre a uma cidade do interior, Lavras do Sul. “Observei os hábitos das pessoas do lugar, então comecei a pensar naqueles que saem de suas cidades, e nos que resolvem ficar, como seria a vida deles”, conta o autor. “Sentimentos de perdas prevalecem em quem busca o sonho de desbravar o mundo e em quem escolhe ficar no mesmo lugar, na mesma cidade. O primeiro, acha que perde a participação no crescimento, desenvolvimento  amadurecimento da família. O outro tem a sensação de perda por não aproveitar novas oportunidades e experiências que conhecer o mundo pode proporcionar”, analisa Walter.
“O cenário mistura a casa: cozinha, jardim e oficina. Tudo é misturado, igual à família da peça”, conta Carla Berri que com Paulo de Moraes assina o cenário. Em cena um Passat dos anos 70, “arrancamos toda lataria azul e optamos por colocar a carcaça cinza chumbo e expor o motor, que é o coração do carro”. No palco, uma Honda CD400 transformada cenicamente numa Harley Davidson. A moto representa o grande sonho de liberdade que o personagem Remo, passou anos construindo.
Completam a ficha técnica, o iluminador Maneco Quinderé, Rita Murtinho – no figurino e o músico Rico Vianna na trilha sonora. Bianca de Felippes, da Gávea Filmes, é a responsável pela realização e produção do espetáculo.


ELENCO:
Ana Kutner (Liza), Eriberto Leão (Rômulo), Otto Jr (Remo) e Suzana Faíni (Rosália)

Texto: Walter Daguerre
Direção: Paulo de Moraes
Cenário: Carla Berri e Paulo de Moraes
Iluminação: Maneco Quinderê
Figurinos: Rita Murtinho
Trilha Sonora Original: Ricco Viana
Produção Executiva: Gabriel Bortolini
Produção: Bianca de Felippes
Produtoras Associadas: Gávea Filmes e Akutner

Mais fotos
 Teatro Anchieta - Sesc Consolação (280 lugares)
Rua Dr. Vila Nova, 245. - Tel. 3234.3000
Sexta e Sábado às 21h; Domingo às 18h.
Temporada: até 27 de maio
Vale conferir ;)
Mais info

02 abril, 2012

Vermelho

Vermelho
Contagia pela energia entre dois atores que dão um show de talento em cena.
Antonio Fagundes, um ator consagrado, experiente e Bruno Fagundes, uma surpresa deliciosa em cena, nos presenteiam com este delicioso texto de John Logan, demonstrando que boas histórias podem sim nos fazer degustar a arte.
Coprodução de Antonio Fagundes e Jorge Takla; VERMELHO, conta a história do artista plástico Mark Rothko. Escrita pelo dramaturgo John Logan e traduzida por Rachel Ripani, a peça se passa nos anos de 1958 e 59, quando o pintor russo Mark Rothko (Fagundes) trabalha em uma série de murais para o sofisticado restaurante Four Seasons, encomendado por uma quantia recorde à época.
Em seu ateliê em Nova York, o artista recebe pela primeira vez seu novo assistente Ben (Bruno Fagundes). O encontro marca um novo relacionamento, cheio de nuances, no qual os dois se permitem indagar e refletir, questionar e ouvir. A peça é um marco de passagem, onde Rothko divide sua experiência com a nova geração, marcada por artistas inquietos, provocadores e talentosos.
Essa troca de experiências não se dá apenas na ficção. É a primeira vez que pai e filho estão juntos nos palcos. Os dois também mostram a intimidade construída no processo de criação dos personagens. Preparam e misturam a tinta, esticam a tela, debatem a iluminação ideal para, nas palavras do artista, proteger sua obra de arte. “Vermelho é uma obra exigente que, como Rothko, nos leva a criar um clima de luzes delicadas, um ambiente suave para valorizar as obras e deixá-las
pulsantes e vivas”, conclui o diretor.  
Bruno diz: "Estou construindo o meu espaço, meu caminho e vou enfrentar as mesmas dificuldades que meus amigos, colegas da minha idade enfrentam. Só de fazer um personagem deste já é uma pressão, fica por aí. Um grande desafio para mim como ator. É o personagem mais importante da minha vida. A pressão parte do meu profissionalismo, da minha vontade de fazer com que dê certo".

Parabéns pra eles... quem ganha somos nós, o público com um espetáculo gostoso.

Elenco: Antonio Fagundes e Bruno Fagundes
Tradução: Rachel Ripani
Design de figurinos: Fábio Namatame
Design de luz: Ney Bonfante
Design de som: Fernando Fortes
Assistente de direção: Ronaldo Zero
Cenotécnico: Denis Nascimento
Pinturas: Marcos Sachs
Direção de arte: Paulo Humberto de Almeida
Direçãi comercial: Marga Jacoby
Direção de produção: Noêmia Duarte
Crédito foto: divulgação
Teatro GEO
Tel.: (11) 3278-4930
Quinta e sábado, às 21h; sexta às 21h30; domingo às 18h
Espetáculo não recomendado para menores de 12 anos
Em cartaz até 29/07/2012
Vale conferir ;)