10 maio, 2019

O Poeta Andaluz

O Poeta Andaluz

Valdemir Bellei (Val), docente no SENAC LAPA SCIPIÃO SP, trata com maestria mais esta adaptação de Garcia Lorca, um autor dos sentimentos humanos, descritos numa época que a opressão era um canal para manter as pessoas obedientes.
O conteúdo do espetáculo continua atual, uma vez que o poder e cultura, juntos apresentam os sintomas e comportamentos adaptados à época atual, mas com resquícios do passado.
Valdemir com outros docentes, tão atualizados e talentosos, entre eles LILIAN DOMINGOS E THAIS RAIZE ,(envolvidos neste espetáculo) WALMIR PAVAM, Wallie Ruy, Ligia Botelho, estreiam produções QUE ENCHEM nossos olhos com o brilho da dinâmica teatral. Os alunos/atores nesta apresentação estavam afiados, com figurino impecável. A maquiagem e caracterização cênica é um capitulo a parte, na orientação de Luciana Birindelli.
O Senac tem entre inúmeros cursos à disposição, a oferta do Técnico em Tearto, onde o ator vive a realidade necessária para ingressar no mercado de trabalho.

Espanha – 1936
Lorca é perseguido e fuzilado pelas tropas do General Franco. Momento antes do seu fuzilamento, ele nos convida a revisitar sua vida e obra, principalmente a trilogia Bodas de Sangue, Yerna e A Casa De Bernarda Alba.

Lorca: O Poeta Andaluz é uma apresentação da turma 41 do curso Técnico em Teatro. Com roteiro e adaptação de Valdemir Bellei, a peça é uma homenagem ao poeta e dramaturgo espanhol FEDERICO GARCÍA LORCA, vítima da Guerra Civil Espanhola.

Bodas de Sangue:
Um mundo de paixão, lugares da fala, que conduzem a um final trágico.
A Morte. A mãe casa seus filhos com uma moça de um lugar distante. No dia do casamento, a Noiva foge com Leonardo, causando uma tragédia em duas famílias.

Yerma – Uma mulher que não consegue engravidar, quando uma velha lhe inflama a mente cogitando a possibilidade de ser o seu marido estéril.
O Adultério poderia solucionar o impasse...Yerna agora parte para a vingança contra esse homem opressor e machista.

A Casa De Bernarda Alba:
Matriarca dominadora que mantém suas cinco filhas sob vigilância implacável, transformando a casa onde vivem em um caldeirão de tensão prestes a explodir a qualquer momento e duas das moças, apaixonadas por um mesmo galanteador das redondezas, chamado Pepe Romano, põe fogo à trama.


Ficha Técnica:
Direção, roteiro e adaptação de: Valdemir Bellei
Orientadores: Lilian Domingos e Thais Raize

Elenco:
Anny Fonseca,  Bianca Valera, Chico Campadello, David Laban, Edu Cabral, Elen R. Souza, Evelyn Antonello, Franciely Chagas, Felipe Soares, Gabriela Ribeiro, Giulia Pequini, Julia Skywalker, Jeff Castanheira, Lara Silva, Leticia Hessel, Lucas Marcelino, Matheus Junyo, Mariza Parizotto, Robson Salvatore, Silvio Rocha, Tony Aloizio, Wesley Felix
Amor, Morte, Adultério, Paixão, Fúria, Opressão... são alguns dos temas tratados as obras de Lorca.

O espetáculo foi apresentado nos dias 07, 08 e 9 de maio, no Senac Lapa Scipião SP.
Veja na sua cidade onde tem um trabalho feito com alunos do Senac.
Ou então, estando em São Paulo, visite o Senac Lapa Scipião... na Rua SCIPIAO 67, Lapa, sempre tem algum espetáculo sendo encenado pelos alunos/atores.






















Vale a pena conferir :)
Figueira Junior

12 maio, 2018

O Mistério do Fundo do Pote

O Mistério do Fundo do Pote...

Em cartaz no Teatro Casa do Ventoforte, com direção e iluminação de Rodrigo Mercadante e direção Musical de Márcia Fernandes, o espetáculo traz para a plateia uma leitura poética de Tres Saudades, desenhando a alma de cada um de nós naqueles momentos em que, em meio às demandas sempre urgentíssimas de nosso tempo presente, em nossa cabeça e em nosso coração, irrompe o desejo de construir uma vida só com o essencial.
     Este é um espetáculo juvenil porque fala de processos de transformação de alguns jovens, com mudanças que vão acontecendo na cidadezinha de Três Saudades. Trata-se de uma cidade muito pequena, perdida no mundo, escondida num tempo que não pode ser definido pelos calendários disponíveis em nosso século. Três Saudades pertence a um passado imaginado que se confunde, de certa forma, com aquilo que poderíamos chamar de utopia.  O espetáculo narra a chegada do progresso nesse vilarejo de sonho: o trem, o comércio, o cinema, a rádio, mas também da usura desmedida e da ambição destruidora. Narrando essa fábula atemporal, estão os cegos que carregam a sabedoria na ponta dos dedos, sentem os cheiros e aromas dos perigos e preveem o futuro, escutando os silêncios do presente. A heroína da fábula encontra contas de cristal pelos caminhos do mundo, seguida de perto por uma pomba de peito pintado.
     As apresentações integram as atividades propostas dentro do projeto “Teatro Ventoforte 45 anos – Liberdade de Todas as Cores” contemplado pelo pela 31ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
O Mistério do fundo do pote, ou como nasceu a fome, é um texto criado em 1988 e editado em 2007 (finalista do prêmio Jabuti 2008).

O elenco e seus personagens:

Setembrino: Rodrigo Mercadante
Rosa: Karen Menatti
Joana: Rita Rozeno
Governadora: Liz Mantovani
José o Maquinista: Bartolomeu
Mercador do Riso Amarelo: André Cezar Mendes
Pomba: Márcia Fernandes
Lavadeira: Wilma Helena
Cão Farejador 1: Igor Bueno
Cão Farejador 2: Beliza Trindade
Cravo: Edson Thiago
Benito: Rafael Lapa
Vizinha a falecida: Wilma Helena
Locutores da Rádio do Telhado: André Cezar Mendes e Bartolomeu
Brincante: Beth Braith
Aprendizes de cegos e músicos:
Piano e violão: Thiago Siqueira
Percussão e cavaquinho: Fábio Atorino
Flauta: Márcia Fernandes
Viola e percussão: Igor Bueno

Ficha Técnica

Supervisão Geral e Dramaturgia: Ilo Krugli
Direção e Iluminação: Rodrigo Mercadante
Direção Musical: Márcia Fernandes
Cenário: Ilo Krugli e Claudeir Gonçalves
Figurinos: Ana Maria Carvalho
Adereços e bonecos: Ademir de Castro e Claudio Cabrera
Produção e Administração: Lennon Gonçalves
Eletricista: Eric
Serviços Gerais: Wagner
Lanches e Refeições: Silene
Carpintaria: Gerson
Fotografia: Vinicius Venuto
Assessoria de Comunicação: Jennifer Garcia
Designer Gráfico: Fábio Viana
Câmera e Edição: Roberto Skora



 
 


 

 

Local: Casa do Ventoforte – Teatro
Endereço: Rua Brigadeiro Haroldo Veloso, 150, Parque do Povo, Itaim-Bibi, São Paulo
Telefone: (11) 3071-3890
Quando: Sábados às 15h e domingos às 11h e 15h
Ingressos: Grátis
Indicação etária: Livre (recomendado para jovens)
Temporada: De 5 a 27 de maio de 2018
Vale conferir :)

05 dezembro, 2017

Bendito Seja Seu Maldito Nome

Inspirado na obra de Plínio Marcos,

Bendito Seja Seu Maldito Nome...

mostra um espetáculo sensorial e visceral, uma tragédia urbana inspirada livremente das obras de Plínio Marcos, que traduz o quanto o ser humano continua produzindo altos e baixos pra sobreviver naquilo que ele chama de  felicidade.
Os atores estão afiados, os papeis foram bem distribuídos... e a direção nas mãos hábeis de
Jean Dandrah, caprichou no tom, descrevendo uma leitura que tanto leigo quanto expert no assunto tem uma ótima compreensão da dor ora implícita/explicita nas relações interpessoais.
Eles traduzem com maestria o submundo de prostitutas, homossexuais e traficantes marginalizados, vivenciados na época da ditadura militar, levando ao público uma experiência impactante, sem deixar margens de dúvidas quanto à grande obra do “autor maldito”.
14 personagens,  dividem  uma casa abandonada, um verdadeiro antro de prostitutas, desempregados, travestis e marginais. Uma convivência nada pacífica. Vivem num inferno constante e desumano, lutando para sobreviver mais do que viver. Dilma, (Milene  Hadad) , uma prostituta de 50 anos , luta incansavelmente para manter a ordem e bem estar do local, visando a educação de sua filha Leninha (Bianca Pardim), de 16 anos, contra o traficante e ex- presidiário Bereco (JP Lima). Rivais, concentram o foco de suas dores em dissabores constantes conduzindo a história pra um final cruel e surpreendente.

Texto e Direção Geral: Jean Dandrah.
Assistente de Direção: Milene Haddad 

Elenco
Ana Roberta Bornia, André Rey, Antonio Nogueira, Bianca Pardim, Diogenes Gonçalves, Gustavo Rosa, Jean Coué, Jp Lima Lu Monteiro, Marcus Lunardi, Milene Haddad, Monyke Procópio, Rudney Souza e Viritien Volltz.

Assessoria de Imprensa – POIESIS
Carla Regina: Coordenação (11) 4096-9827 - carlaregina@poiesis.org.br
Marcela Reis (11) 4096-9852 marcelareis@poiesis.org.br
Victória Durães (11) 4096-9810 victoriaoliveira@poiesis.org.br
Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo
Gisele Turteltaub (11) 3339-8162 gisele@sp.gov.br
Gabriela Carvalho (11) 3339-8070 gabrielacarvalho@sp.gov.br


Oficina Oswald de Andrade
Rua Dr Três Rios 363, São Paulo – SP
Temporada: 06/11 até 28/11
Segundas e Terças às 20h00 e 04/12 até 13/12 – Segundas, Terças e Quartas.
Classificação: 16 Anos
Duração: 90 minutos
Ingressos: GRATUITO
Em cartaz até 16/12

 Vale conferir :)



27 novembro, 2017

O Mundo Curioso da "Tradução" Das Aparências...


O Mundo Curioso da "Tradução" Das Aparências...

As ferramentas de escolha, entendimento, tradução adequada de vida, existem, pra que a gente possa exercitar o livre arbítrio.
Querer que a felicidade dos outros seja correta, A PARTIR da nossa, acho um pouco de ingenuidade, ignorando que existe um coletivo.
A pergunta é: a tradução de como vejo a vida e da minha felicidade chega até o outro numa mensagem clara... descrevendo como penso, ou impondo meu modus operandi?
Felicidade só é felicidade a partir do meu modelo, moderno ou ultrapassado, de ver como a vida anda? Os "veículos" usados por mim... estão atualizados pra que o outro entenda minha linguagem e me responda à altura do meu pensamento, de minha mensagem? Atualizo meu software de entendimento coletivo conforme pede o figurino?
          
Se imponho um modelo de felicidade que o universo "não compra", é quase como abrir um restaurante e impor a comida do meu gosto e ou numa loja de roupa, o que visto, pra todo o mundo. Fica difícil a venda, o lucro. Assim vejo a vida, o face, os veículos.

Neste supermercado da vida, fazer essa compra da felicidade custa muito pra alguns que odeiam ir a supermercado, vão por obrigação. Por outro lado divertem outros que amam escolher os produtos, pra depois saborearem um jantar a dois, um almoço em família... enfim.

Dar um abraço por exemplo pra pessoas que têm dificuldade de carinho, ou são deficientes nas relações, pode ser um problema... um parto... e pode ativar um clique no interior da pessoa , onde ela se sinta desconfortável... vai criticar, falar mal de quem abraça, desconstruir... talvez duvidar da felicidade de quem abraça.
Pra outras, um abraço gostoso, daqueles que se sente o corpo da outra pessoa, passando energia boa... sem conotação sexual (ainda que exista esse tipo de abraço), esse tipo de coisa pode ser mais um agregador, mais uma pedra boa no dominó da felicidade.

Estar deficiente em algum produto, e ver outros com ele... talvez cause inconscientemente (e é legitimo) um certo desconforto... em nossa marcada linguagem de costumes sociais. A gente disfarça, impondo um mapa surreal da felicidade que nunca vai existir. Fazemos nossas compras, olhando torto pro cliente da gôndola ao lado...aquela que a gente não soporta.

Alguns se adaptam melhor, outros têm mais dificuldade. Simples assim. Tudo depende de nossa tradução de vida, de costumes.
Não devemos associar a felicidade, apenas com a bondade, com a humildade, são adjetivos que podem estar vestidos com um "remedinho" chamado dissimulação. Relacionar a felicidade a surpresas, a mimos... embora eles existam e sejam fofos... também é perigoso.

Porém, hoje temos veículos novos de comunicação da felicidade, se estão nas mensagens, no comportamento das pessoas, é pq elas em tese, sabem lidar com essas ferramentas... e então produzem um produto final adequado ao que elas pensam...quem tem dificuldade de usar esses "macetes"... dificulta o que pessoas maduras têm - um botão de liga desliga o assunto, isso não interfere em mim.
Costumamos ver vida a partir de uma tradução interior, com elementos que foram "instalados" em nossa consciência/inconsciência por dogmas, tradicionalismos, etc. Uns até são padrão e aceitos, outros não. Alguns temos que engolir.
Nem pra mãe da gente a gente conta tudo, vírgula por vírgula no dia a dia... conta algumas alegrias, talvez uma ou outra tristeza... porque então no face teríamos que mostrar tudo do jeito que algumas pessoas acham que é mostrar felicidade?
Ok, você conta tudo pra sua mãe? Own que ótimo. Mas isso não faz parte da maioria.
Redes Sociais, são grandes Supermercados, inclusive com alguns itens que não temos perto de casa. Coisa moderna.
Temos tantas gôndolas nesses "Supermercados" que com a linguagem de marketing moderna, vão balançar estruturas antigas, modelos ultrapassados, desejos ardentes por guloseimas, algumas coisas inadequadas. Mas felizmente ou infelizmente temos de administrar isso.
Imagina ir num supermercado e achar ruim ver itens de que não gosto expostos e sugerir que a gôndola que não me apetece, não exista... ou xingar as pessoas que a "usam, de infelizes, ou desconstrui-las com "a felicidade fake" delas, na minha tradução?!
O mundo é plural, mas às vezes esquecemos disso.

Por outro lado sempre achei que a necessidade de falar/postar algumas coisas... é proporcional à falta delas... à insegurança que temos em alguns itens como seres humanos. Às vezes nem terapeuta dá jeito... e dá-lhe criticas ao que vemos em nossa frente.
Ok.... esta minha síntese não inclui fotos de corpos decepados, animais dilacerados... essas gôndolas não devem mesmo entrar nesse jogo. Rrrrrr.
Quando vejo algumas declarações de amor ou desamor na internet, ou seja na vida, na praça, na TV, na festa, na balada... não critico a declaração, se está fake ou se é certo ou errado, mas o tom... pelo tom, dá pra ver que ali a coisa já era... e por algum clique do inconsciente a esposa, namorido, ou que tais, precisam marcar território. Estamos num mundo, onde tem tanto esperto de plantão, aguardando brechas. Se o tom tá errado, pode existir uma brecha. Espertos as usam bem.

É natural numa democracia, no capitalismo... uns poderem comprar coisas que outros não podem. O ideal cada um sabe o que e como seria...mas na vida não existe um supermercado onde entramos e levamos qualquer coisa apenas porque nosso ideal  é o ideal...e não me refiro a apenas produtos físicos. Algumas pessoas tem dons, são mais dinâmicas que outras.

Mais fácil trabalhar a psicocoisa, a tradução e falar melhor a linguagem que o universo compraria de você. Imagina você querer morar nos States e questionar a língua deles... pffff. Desapega, aprende a falar mister sem sotaque e saboreia as traduções daquilo que você vai entender/dizer/ouvir... seja amando ou odiando.

Pessoas ruins que traem seu cônjuge, não são um produto da internet... e em outras épocas também fariam isso, indo no cantinho da praça, no matinho, enfim... os recursos sempre existiram, só evoluíram. Essas criticas também existiam... mas claro... não se falava que era culpa da rede social, ela não existia. O problema está na rede dos neurônios que traduzem a vida, vista de forma positiva.
A vida não é colorida, mas também não é preto e branco... existem muitos tons aí. Basta querer enxergar.

Nas redes sociais existem pessoas e pessoas são como as que vemos na rua, na praça... podem ser bandidos, santos, ou gente carinhosa que adora trocar experiências, gente invejosa... enfim... gente que também pensa parecido... alias o papel, o algoritmo do face e de redes sociais é juntar pessoas que "pensam" parecido. Temos que tomar os cuidados que tomamos em outros lugares onde tem humanos.

Infelizmente o ser humano tem uma predileção por olhar o quintal do vizinho e acaba vendo entre outras coisas, algumas que não gosta mesmo. Existem filtros nas redes sociais, pra que nossos olhos não vejam coisas que não queremos ver.
Sabe aquele bar que tem alguém canalha que não queremos ver? Em algum momento da vida não fomos naquele dia, etc, porque não queríamos topar com a pessoa... neste caso acho o Face mais moderno, existem esses filtros.

Cada um tem um modelo do que é felicidade, um valor.

Antigamente era na praça, o povo que adorava arrotar caviar da mortadela do dia anterior... ia pras praças, dava voltas, vestido do jeito que achava correto, ou se comportando de forma que também achava estar abafando, estranha pra uns, moderna pra outros, fashion ou então excêntrica.
Nas festividades.. cada um levava o que suponha ser o melhor e demonstrava nas aparências o que não existia em casa. Enfim... seres humanos interagindo.
Com o tempo só mudou o veiculo, mas continuam os moldes de traduções, ora cagadas, ora modernas, umbigos largos, que não deixam ninguém viver e esquecem de viver...mas não porque estão certos ou errados, mas porque não sabem respeitar o quintal do vizinho... fazem da rede social uma extensão do que acham ser a casa deles. Esquecem que estão num "supermercado".

Tem também traduções mais modernas que fazem do que têm, a tênue linha do copo meio cheio.
Na minha opinião não precisa ostentar, até porque é perigoso, mas também não precisa soltar mágoa o tempo inteiro, frustrações vividas, só pra parecer humilde, confundido humildade com chatice. Ok não está proibido pra ambos os itens...felicidade ou frustração. Mas não precisa.
Fácil perceber essa necessidade de mostrar uma pseudo alegria que talvez exista, mas é expressada numa linguagem muito peculiar, com falhas na linguagem, onde quem vê ou escuta, acha superficial, mesmo quando parece intenso.

De toda a forma a frieza não é mostrada apenas nas redes sociais, afinal elas não têm nada disso, elas são o veiculo, quem as usa, leva esse itens pra dentro dele. Sabe aquele veiculo com musica mais alta do que o normal? O carro não tem musica, ela não brota sozinha,  quem a coloca é o motorista.

Alguém posta um relógio de ouro e dá aquela sorriso e a foto foca apenas nele... outros adoram postar o crush , outros ainda mostram quantas fodas deram na semana passada postando signos que indicam isso.
Existe vazio e tristeza fora do face... existe alegria e felicidade fora do face, das redes sociais, mas porque temos que eliminar esse veiculo? É quase como argumentar que temos que eliminar o celular porque ele não representa a felicidade.... ou jogar dinheiro fora, porque escutamos sempre que dinheiro não é tudo. Silogismos baratos. Não há mais volta. Ou administramos ou alimentaremos mágoas e frustrações, não por causa do face, mas através dele, inclusive.
Concluindo... viva a vida. Viva as manifestações. Desde que elas sejam no quintal de quem as propõe. Se você reclama ou critica porque respingos caíram no teu quintal... está correto (a), mas se esta apenas melindrado porque o quintal do vizinho tem mais verde que o seu, então, atualiza o software please.


Figueira Junior
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25 novembro, 2017

Desconstruindo...

Desconstruindo 

10 velhas e conhecidas táticas/mecanismos de dominação usadas por espertos, conservadores e fundamentalistas para DESCONSTRUIR, desde uma raça, a grupos, que passam a ilusão de vitória, mas que de fato oprimem e criam muito mal à psique do alvo.

Inimigo comum
Transforme seu oponente em um inimigo da maioria. Atribua ao seu inimigo algo unânime e rodeado de rejeição incontestável. Uma ameaça às crianças, uma ameaça à família, à humanidade. Ligue a imagem do inimigo a algo totalmente deplorável. Exemplos: “Os gays querem direitos especiais”, “Eles querem corromper as criancinhas”, "É uma escolha, uma pouca vergonha que querem que aceitemos como normal"

Dividir para conquistar
Coloque todos do grupo oponente uns contra os outros e o todo perderá força. Jogue os mais velhos contra os mais novos, eleja os mais ativos como mal intencionados, plante a discórdia. Exemplos: “Nem os próprios gays concordam com os ativistas”, “Parada gay é só baixaria”.

Dissimulação
Finja que não se importa, que seus objetivos são nobres. Com isso, ataque os pontos fracos do oponente, explorando a ignorância e fortalecendo a dúvida razoável. Importe situações desconhecidas de outros lugares e use como argumento a seu favor.  Exemplos: “Daqui a pouco vão legalizar a pedofilia e o casamento com animais”. “É horrível a manifestação publica de carinho seja homo ou hétero”, "Há países que a diversidade sexual inclui a pedofilia".

Difamação
Pegue um indivíduo do grupo que comprove os seus argumentos e generalize para todo o grupo, mostre que tinha razão. Transforme a desinformação e dúvida em concordância com o seu ponto de vista. Mostre que os seus pontos fracos são piores neles. Exemplo: “Eles não respeitam e querem respeito”, “Eles são intolerantes”, “É esse o respeito que eles querem”, "Eles querem transformar o país em uma ditadura gay".

Use seu poder econômico, bélico e político
Compare o seu grupo com o outro e mostre que vocês são mais importantes, tem mais poder. Use argumentos práticos para obter o silêncio de quem apoia o outro grupo. Coaja aliados, se necessário, e quem se aproximar do mesmo grupo, usando as mesmas táticas que usa para combater o inimigo. Exemplo: “A família brasileira não concorda com o kit gay”, "Somos o povo de Deus".

Expropriação
Aos poucos vá diminuindo a sustentabilidade do outro grupo, retire os apoios, os recursos, bens, os direitos. Ele perderá tempo e irá se desestruturar tentando reaver isso, enquanto você avança em outros sentidos. Exemplo: “É uma vergonha a prefeitura apoiar esses eventos de deprevação”. "Com o nosso dinheiro não" .

Terrorismo
Quando o outro grupo der um passo, grite. Crie barulho para apontar os seus pontos de vista. Assuste a todos com a ideia que a mudança desconhecida pode mudar tudo. Faça paralelos dos avanços do outro grupo com um futuro apocalíptico. Cobre posicionamento de todos os seus membros até que haja o retrocesso. Exemplo: “O Omo declarou guerra “, “Tem que baixar o cacete”, "É o fim do mundo"

Apropriação cultural
Sobreponha a sua cultura a outra, se não houver como, resignifique seus símbolos, crie ações paralelas. Tudo o que tiver de bom ou de sucesso na cultura alheia deve ser apropriado para atrair ou tirar a atenção para o grupo correto. Datas comemorativas devem coincidir ou ficarem próximas, por exemplo. Exemplos: 17 de maio, dia Internacional contra a homofobia. 18 de maio, dia nacional contra o abuso e exploração infantil; Marcha para Jesus semanas antes da Parada do Orgulho LGBT, no mesmo local.
 
Aniquilação
O seu sucesso será quando ninguém se importar com o seu inimigo e ele não tiver visibilidade. Para isso, aos poucos vá destruindo suas reivindicações e argumentos, tirando a importância das demandas e dizendo que eles se auto excluíram do todo, que assumem uma divergência, que há outras prioridades, que são egoístas, e por isso não devem ser levados em conta. Repita, até que a mentira se torne uma verdade. Exemplo: “Esse é um assunto para quatro paredes”, “Então morreram menos homossexuais do que héteros”, “A prioridade do país é a Saúde e a Educação. 
*#Escuteinobusao via@BJ.AJ

Fonte: Revistaladoa.com.br