19 dezembro, 2014

Medéia

Medéia

Numa livre e simples adaptação de Nill de Pádua esta tragédia grega de Eurípedes que conta a história de Medéia, uma mulher traída que faz de tudo para se vingar de seu marido Jasão, mesmo quem nunca ouviu falar no assunto, e ou às vezes é refem de linguagens mais complexas para descrever esse tipo de dramaturgia... vai entender façinho. Gostoso ver o esmero com que o Nill cuidou da leitura do espetáculo.

"Em Corinto, a felicidade de Medeia foi de pouca duração. Já com filhos de Jasão, foi alvo da intriga do rei Creonte que influenciou Jasão a deixá-la, de modo a casá-lo com a sua filha, Creúsa (ou Glauce - Glauca). Tendo convencido Jasão, tratou de banir Medeia de Corinto. Esta, contudo, antes de abandonar a cidade, ainda conseguiu vingar-se, novamente aliando astúcia com magia. Fez chegar às mãos de Creúsa um vestido e jóias - um presente literalmente envenenado, já que cada acessório tinha sido embebido numa poção secreta. Assim que a sua rival se vestiu, sentiu o seu corpo invadido de um fogo misterioso que logo se espalhou para o seu pai, que a tentou socorrer, bem como para todo o palácio - episódio este que tem semelhanças com a morte de Héracles, por obra de Nesso. Alguns narradores contam que Medeia, em fuga, não teve possibilidade de levar consigo os filhos que, perante a negligência de Jasão, foram apedrejados até à morte pela família de Creonte, como vingança.
Contudo, a versão mais conhecida é ainda mais sombria e deve-se a Eurípides, na sua tragédia Medeia, apresentada pela primeira vez em 431 a.C.. Aqui, é a própria Medeia quem mata os filhos antes de fugir para Atenas, não num acesso de loucura, mas num acto de fria e premeditada vingança em relação ao marido infiel. Eurípides foi, na altura, acusado de ceder perante um elevado suborno de cidadãos coríntios que preferiam uma versão onde não fosse o povo daquela cidade a cometer o infanticídio" (W). Parabéns ao grupo.

Ficha Técnica:

Direção: Nill de Pádua e Samantha Verrone

Elenco:
Medéia: Priscila Canovas
Jasão: Diego Prado - Gabriel Cavalcante e Adriano Sabongi
Creonte: Raphael Emiliano - Mauricio Rett - Vinicios Bernardes
Glauca: Suellen Veríssimo e Poliana Maluf
Ama: Adriana Sintoni
Escravos: Fernando Kamikawachi e Emerson Murata
Apolo: Ewerton Medeiros
Hermes: Alef Ishara
Filha primogenita: Milene Hayashi
Sacerdotisa: Débora Taboada
Egeu: Victor Garbossa

Iluminação: Nill de Pádua
Trilha sonora: Victor Garbossa
Produção: Teatro Escola Nill de Pádua


Breve em cartaz:
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Vale conferir ;)