28 julho, 2014

Cazuza Pro Dia Nascer Feliz , o Musical

Cazuza Pro Dia Nascer Feliz , o Musical 

De Aloísio de Abreu
Direção de João Fonseca

 Após temporada de sucesso absoluto no Rio de Janeiro e turnê por doze cidades, o musical chega aos palcos do Teatro Procópio Ferreira para apresentações de quinta a domingo.
 “Não quero que me imitem. Não quero ninguém atrás de mim. Tenho muito medo de ser porta-voz de qualquer coisa”.  Nesta declaração de 1988, Cazuza já profetizava o inevitável. O talento instintivo e avassalador, o temperamento explosivo, a linguagem única e libertária, fizeram dele um ícone sem precedentes na cultura contemporânea produzida no Brasil. Muito mais do que isso: ainda que à revelia foi, mesmo sem pretender sê-lo, o grande cronista da juventude brasileira dos anos 80. Morto em 1990, aos 32 anos, no auge da carreira, foi alçado a precoce e definitivo mito no imaginário brasileiro.
A montagem dá continuidade à pesquisa desenvolvida pelo diretor João Fonseca de uma cena musical brasileira mais despojada e teatral. “Este espetáculo é mais um passo do trabalho que comecei com ‘Gota d’água’ e que culminou no ‘Tim Maia’. É uma nova possibilidade de desenvolver e aperfeiçoar uma linguagem muito autoral de musical iniciada há alguns anos”. O diretor conta que os depoimentos de Lucinha Araújo foram fundamentais na estruturação cênica do espetáculo: “A partir das lembranças dela, vamos conhecendo a vida e a obra desse artista e, tal como sua obra, a peça alterna momentos exagerados e de puro rock’n’roll a momentos mais intimistas e delicados”, finaliza.
Um amplo trabalho de pesquisa também foi essencial para a concepção musical do espetáculo. Os diretores musicais Daniel Rocha e Carlos Bauzys conceituaram a sonoridade em diferentes situações: Barão Vermelho não produzido; a gravação do primeiro disco; e depois do sucesso, já consolidados. A banda solo de Cazuza também é reproduzida com fidelidade. “Adaptar a obra dele tornando-a cênica e, ao mesmo tempo empolgante e reconhecível ao público, foi nosso maior desafio”, define Daniel.
E assim, uma das trajetórias mais impressionantes da música brasileira é recriada pela primeira vez nos palcos. Aliás, nada mais oportuno, num momento em que se reascende no país, como poucas vezes se viu, articulações e movimentos em torno da ética, de transparência pública, de honestidade em diversos planos, de dignidade. “Não sei quem foi o ufanista que jogou essa bandeira. É uma pessoa louca, porque o Brasil não está em condições de receber manifestações como essa. Inflação de 900%, um monte de denúncias de irregularidades, fora o assassinato do Chico Mendes. Eu estou é triste! Desiludido!”, disse Cazuza para mãe, após cuspir na bandeira pátria durante um show em 88. Hoje, 15 anos depois, “eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades…”, Cazuza estaria se perguntando: mas, afinal, cadê o Amarildo? (via Morente Forte)

Ficha Técnica

Texto de Aloísio de Abreu
Direção Geral João Fonseca
Produção Geral Sandro Chaim

Elenco:
Emílio Dantas ou Osmar Silveira (Cazuza)

Atores convidados:
 Susana Ribeiro (Lucinha Araújo), Marcelo Várzea (João Araújo) e André Dias (Ezequiel Neves)
Fabiano Medeiros (Ney Matogrosso)
Brenda Nadler (Bebel Gilberto)
Thiago Machado (Frejat)
Igor Miranda (Maurício Barros)
Bruno Narchi (Serginho)
Diego Montez (Guto Goffi)
Saulo Segreto (Dé Palmeira)
Dezo Mota (Caetano Veloso)
Oscar Fabião (Swing masculino)
Sheila Matos (sub Lucinha e Swing feminino).
Direção Musical Daniel Rocha
Supervisão Musical Carlos Bauzys
Preparador Vocal Felipe Habib
Coreografias Alex Neoral
Cenário Nello Marrese
Figurino Carol Lobato
Visagismo Juliana Mendes
Design de luz Daniela Sanches e Paulo Nenem
Design de som Gabriel D´Angelo

Apresentado pelo Ministério da Cultura
Patrocínio: Sulamérica, Sem Parar, Mills e Eurofarma

Teatro Procópio Ferreira (641 lugares)
Rua Augusta, 2.823 – Cerqueira César
Informações:
(11) 3083-4475. Reservas e grupos: (11) 3064-7500

Quinta e Sexta às 21h | Sábado às 17h30 e 21h30 | Domingo às 18h

Temporada: até 26 de Outubro

Vale conferir :)


20 julho, 2014

52 Hertz e Vermelho-Céu

52 Hertz (de Carla Kinzo) e Vermelho-Céu (de Rafael Augusto).

Dentro da loucura humana, sempre há um raciocínio lógico, puro, livre das regras convencionais que sugere uma verdade da vida que possivelmente se conecta e ou se alimenta numa linguagem que chega ao universo do divino. Se tiver que ter cor talvez um AZUL E VERMELHO e viajando mais além, o FRIO E O QUENTE, o MERGULHO E A EXPANSÃO, O TOQUE E A PORRADA retratando ali a psicocoisa humana  com formas e cores.
"As histórias (algumas) podem não se fechar... mas sempre há uma chance de se pegar a caixa da alma e resolver essa questão, segundo sugere a dramaturgia em questão".
Uma dramaturgia com elenco do núcleo experimental de Artes Cênicas do Sesi-SP 2013 (uma importante etapa na formação de jovens e talentosos artistas, - destaque para Mariel Fernandes e Lucas Sabatini - uma amostra da intensa e vibrante jornada vivida no Sesi-SP) e atuações bem resolvidas, pinceladas com uma direção caprichada de Marcelo Lazzaratto.
Em 52 Hertz, um homem enfrenta uma estranha doença, cujos sintomas incluem confusão mental e alucinações sonoras. Retorna à casa da infância, deixada há muitos anos. Ele deve tomar decisões importantes desencadeadas pelo falecimento de sua mãe, que implicam no difícil retorno a questões abandonadas de sua vida. (quem nunca mergulhou nessas questões?)
Em Vermelho Céu, uma família , dentro de um carro em movimento, durante a viagem, começa a refletir sobre suas relações quando algumas questões vêm à tona: o desaparecimento de Vic, o bebê; a castração do filho e as visões - ou ilusões - da filha, que vê urubus escondidos atrás das árvores por onde eles passam.

Elenco:
Mariel Fernandes (Homem)
Teófila Lima (Menina)
Maria Elisa Hoffmann (Mulher)
Lucas Sabatini (Homem de Branco)

Ficha técnica:
Autores: Rafael Augusto e Carla Kinzo
Direção e iluminação: Marcelo Lazzaratto
Cenofgrafia e figurinos: Simone Mina e Carolina Bertier
Trilha sonora original: Daniel Maia
Assistência de direção: Wallyson Mota
Cenotécnicos: Gerson Rodrigues (Gereba) e Wanderley Nunes
Costureira: Nilda Dantas
Video: Lucas Brandão
Design gráfico e fotografias: Fernando Bergamini
Assistência de produção: Laura Salerno e Fernanda Cassola
Produção executiva: Roberto Koyama
Direção de produção: Henrique Mariano

Realização:
 Fiesp Sesi, British Council e Nucleo Dramaturgia Sesi sP
Diretor do British Council Brasil: Richard Masters
Diretor do British São Paulo: Eric Klug
Diretor de Artes: Luiz Coradazzi
Gerente de Projetos: Liliane Rebelo
Analista de Projetos: Malu Penna

Centro Cultural Fiesp - Ruth Cardoso
Av Paulista, 1313 São Paulo - SP
Em frente á estação Trianon Masp do metrô.
Espaço Mezanino - 50 lugares

De quinta a sabado, 20:30h e domingos 19:30h
www.sesisp.org.br/cultura

Até 20 julho de 2014

Vale conferir;
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